Bienal do Livro de São Paulo: Uma fauna interessante

Dois anos se passaram desde que tive minha primeira experiência em uma bienal do livro. Fui tranquila, sem expectativas e pronta para novas sensações. Preparada para ver e sentir as maravilhas e tragédias de um evento desse tamanho. Resultado: Sacolas e mais sacolas de livros e um mega sorriso no rosto. Só maravilhas! Nada de tragédias!

Conheci pessoas incríveis, alguns autores dos livros que estava comprando, um pouquinho sobre o mercado e gastei a sola do sapato e o plástico do cartão de crédito. Amei! E até hoje não agradeci a Livraria Paulinas pelos ingressos! Ela que plantou a sementinha da curiosidade e eu deixei florescer! (Nossa, que brega!)

2013. Sem Bienal em São Paulo e uma certa crise de abstinência, mesmo não tendo lido nem metade dos livros comprados. Tudo bem! Só faltava um ano para outra experiência divertida.

23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Bem antes do início da Bienal, começo a ver o blog do evento, baixo o aplicativo, dou uma conferida nas notícias e participo de sorteios de ingressos pelo Facebook. E ganhei um par de ingressos! Iupie! Obrigada, Giz Editorial, por ter dado os ingressos! Foi sensacional! Eu nunca ganho sorteio algum! Hahahahaha… Dessa vez minha sorte mudou!

Então… Vamos continuar! Escolhemos o dia 24 de agosto, primeiro domingo do evento, para ir até o Anhembi. O esquema seria o mesmo de dois anos atrás: ônibus, Jabaquara, Tietê e ônibus gratuito até o local. Graças à experiência anterior, resolvemos levar mochilas para ajudar no transporte dos infinitos livros (e infinitas dívidas).

Meta do dia: Comprar o máximo de livros de Haruki Murakami para engordar a minha coleção. Decepção do biênio: A editora que publica os livros do Haruki Murakami fez o favor (só que não) de não ir à bienal de 2014. >=/ Resumindo: Chorei litros!

Mas tudo bem, vimos o Mauricio de Sousa de pertinho, vimos o Ziraldo, vimos uma Mônica fofa e uma Magali gigante (também fofa, é claro), conversamos com o pessoal da Giz Editorial e com a Thais Godinho (Blog Vida Organizada), passamos na Comix (e compramos todos os mangás possíveis – mentira, só alguns), na Intrínseca, na Companhia das Letras, na Editora 34 etc.

Resultado:

livros e mangás

Minhas impressões:

A Bienal estava simplesmente lotada. E não era apenas lotada de gente andando pra lá e pra cá. Era lotada de gente andando, comprando, lendo, procurando, conversando… A galera foi para comprar. A galera foi para ler. O público é misto, não tem predominância de jovens, nem de adultos, nem de crianças. Como fomos no domingo, muitas famílias inteiras estavam lá.

Então eu me pergunto: E ainda dizem que as pessoas não leem?

Com as crises na comunicação, jurava que o número de leitores de revistas estava caindo a cada dia. Após visitar a redação da Revista Superinteressante e ouvir dos editores que nunca venderam tanta revista, fiquei um pouco mais esperta com o que dizem por aí. Agora, vivem repetindo que o brasileiro não lê, que a televisão é que manda aqui e blá blá blá… Vou à Bienal e vejo aquela multidão com diversos livros nas mãos, pego metrô e metade do vagão está lendo, 95% das pessoas em minhas redes sociais (pessoas que realmente conheço) adoram livros e leem mesmo, o número de livros vendidos aumentam… A conclusão é que o povo está lendo pra caramba! Ainda não o suficiente (se é que dá para medir quantidade suficiente de leitura), mas, aos poucos, está conhecendo as maravilhas da leitura em diversas plataformas (livros, revistas, blogs, sites, panfletos, bulas, outdoors – menos na cidade de São Paulo).

Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim… Amo livros e leio pacas! E viva a Bienal Internacional do Livro de São Paulo! Adorei!

 

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