Que seja o fim de uma fase…

Entrei em meus 30 anos feliz. Fiz uma festa para celebrar com a família e com amigos uma idade marcante (números redondos sempre são). O tema escolhido foi sakura. Muitas flores por todos os lados.

Jurava que passaria pelos 30 sem a tão falada crise que ataca as mulheres quando alcançam o primeiro ano da terceira década de suas vidas. Ingênua eu! Mal sabia o que me aguardava.

Perto do meio do ano, os questionamentos começaram automaticamente. “Essa é a carreira que quero seguir? Quando conseguirei ter minha casa e meu carro? Quando as dívidas deixarão de existir? Por que estudo tanto e sempre? Terei filhos? Viajarei para algum lugar alguma vez nessa vida? O que estou fazendo de minha vida?”

Não havia resposta para nenhuma dessas perguntas. Uma angústia e uma falta de ar, que não faziam parte de mim, apresentaram-se sem serem chamadas e tomaram parte do espaço do conforto e do sorriso que sempre caminharam comigo (mesmo com apenas pequenos sumiços em momentos mais difíceis).

Ao ser mandada embora, por causa da crise, do lugar em que dava aulas há quatro anos (e onde estudei inglês e espanhol por mais de oito anos), passei a questionar e buscar o que realmente nos define, o que temos em nós que nos torna diferente, como ser boa pessoa, boa profissional, boa filha, boa irmã, boa namorada, boa amiga, boa aluna, boa em tudo.

Tentando me definir, me desmontei em diversas peças. Peças que se dividiram em cacos. Cacos que se dividiram em pedaços bem pequenos, até formar uma areia. Sendo areia, não há forma definida, o que torna tudo incerto. Posso acordar bem, posso acordar aos prantos, posso acordar leve, posso acordar sufocada, posso acordar parecendo ter sido atropelada por uma fila de caminhões. Porém a indefinição não existe apenas ao acordar. Ela afeta manhã, tarde, noite e, principalmente, madrugada, e horas, minutos e segundos. Crises fortes (choro e ansiedade) vêm e vão.

Se tudo é indefinido, pensar no futuro só causa pânico. O que fazer então? A solução foi desmanchar sonhos, apagar planos (se é que eles existiam), e pensar apenas no presente, no hoje, no agora, e me esforçar para chegar ao fim do dia viva e cumprir as missões da melhor maneira possível, dentro do caos instalado.

Esse esforço diário todo causa vários efeitos: perda de peso, insônia (nunca achei que isso seria possível), dormir demais (e viva o paradoxo), não ter fome alguma, sofrer para sair de casa, dor de cabeça constante com diferentes intensidades, crises agudas de torcicolo (valeu, tensão e travesseiros loucos).

sand-2005066_1920

Eu, areia ao vento

Tentei me dedicar ao que mais amo na vida (ler e escrever e passear por São Paulo e treinar Kung-Fu e ver seriados e estudar japonês), mas nem isso tinha efeito bom. O que me deu mais desespero ainda. Então tentei ocupar a mente com muito treino e muito Gilmore Girls. Ajudou um pouco! Reacendeu uma pequenina chaminha minúscula em algum lugar em mim.

Aos poucos e de vez em quando, o aperto no peito dá umas tréguas. Quando me distraio muito, bate uma pequena leveza, porém madrugadas e momentos sozinha trazem grandes armadilhas. O cérebro é uma ferramente altamente perigosa. Nunca duvide disso! Nunca! Ele cria todo um cenário complexo que não tem como você não acreditar.

A certeza de que ficarei sozinha (sozinha, sozinha mesmo) é tão forte que bate um desespero assustador. “Mas isso não é verdade, Paula! Você não está sozinha!”. Vai explicar isso para a razão e a emoção! Tente se convencer de que você é especial e amada, quando você mesma se sente um lixo inútil e que atrapalha tudo e todos. É impossível!

Exagero?! Pode ser! Porém não estou em condições de identificar nuances, controlar sensações e sentimentos. O único foco que faz sentido, e o corpo e o cérebro até que aceitam, é o trabalho e o instinto de sobrevivência.

Família, amigos, colegas de trabalho e Baunilha (minha mini Pinscher), muito obrigada pela compreensão e pelo carinho! Saibam que cada palavra, cada abraço, cada olhar, ajudam bastante. Desistir é uma palavra que aparece com mais frequência agora. Lidar com isso é muito difícil, mas consigo afastá-la e caminho um passo de cada vez, sem pressa, com a ajuda de vocês.

Resisti muito até ceder e resolver escrever sobre todo esse caos. Sei que a imagem que passo… Bom… Na verdade, eu não sei.

Resolvi escrever e me arriscar no mundo das palavras bem na internet porque acredito que refletir possa me ajudar, mesmo que traga muita dor também. Sempre achei que tudo passa e me obrigo a continuar achando que depois de tempestades (por mais que elas apareçam em grande quantidade e uma atrás da outra) chega a tão esperada calmaria.

Em 2017 não teve contagem regressiva, não teve euforia, não tem empolgação alguma ao chegar aos 31 anos. A sensação de que os 30 não foram vividos é muito forte. Mesmo tendo a certeza de que não devo criar expectativas e muito menos esperar qualquer coisa de mim e dos outros, a danada da esperança de que esse seja o fim de uma fase é persistente, muito mais persistente que eu mesma.

Canções da vida

No ano passado, aquela porcaria de 2016, celebrei os 30 anos com uma música da Sandy (“Aquela dos 30”), achando que eu era “jovem pra ser velha e velha pra ser jovem”.

Sandy tem me ajudado bastante nesse período idiota, assim como o Tiago Iorc e seu violão leve. Recomendo os álbuns Meu Canto e Troco Likes, respectivamente.

Ouvindo Sandy, conheci a música “Olhos Meus”, cantada com Gilberto Gil. Linda, delicada, emocionante. Levou-me aos prantos na primeira vez em que a escutei.

Olhos meus
Olhem em volta
Me vejam, me mostrem
Olhos meus
Abram-se ao belo
Percebam o brilho do sol
Da cor do céu
Da flor no chão

E assim, espero um renascer, um rever o prazer de viver, um reencontrar a felicidade e a paz, um recomeço.

Ouvindo Tiago Iorc, conheci a música “Liberdade ou Solidão”. Ser livre é estar sozinha? Ser livre é seguir aquilo que manda o coração e a razão? Questionamentos pesados para uma pessoa em crise existencial pesada. Também chorei na primeira vez em que a ouvi.

Livre, era o que ela mais queria ser
Livre, pra ir e vir e ser o que quiser
Quando quiser e se quiser
Mas só o tempo, só pra descobrir
Se a liberdade é só solidão
E só o tempo, só pra descobrir
O que é ser
Livre, se já não faz sentido
Ou nunca fez
Livre, pra encontrar motivo outra vez
Mais uma vez ou de uma vez

O que é ser livre? O que faz sentido? Onde encontrar motivo para seguir? Como não sentir solidão? E assim podemos criar mais milhões, zilhões, trocentenaslhões de perguntas loucas e sem respostas.

Ufa!

Quanta coisa! Fique exausta!

Espero que passando para o papel e para o bloguinho toda essa bagunça pela qual passei, passo e passarei, parte da angústia se dissipe, nem que seja aos pouquinhos.

(Texto escrito ao som de sucessos dos anos 80 com os melhores cabelos e as melhores roupas com ombreiras e cores “cheguei”. Sou um belo e complexo exemplar de 1986.)

(Há 20 minutos, tenho 31 anos. Acho que a partir de hoje direi que tenho 310 anos. Fica bem mais bruxo! Muito mais estiloso!)

O aniversário mais triste! =*(

Gilmore Girls: A ficção e a realidade

Gilmore Girls estreou em 2000. Eu tinha apenas 14 anos, a mesma idade de Rory. (Acho que Gilmore Girls foi meu Harry Potter, pois só comecei a ler HP com 18 anos.)

Infelizmente, não vi todas as temporadas. Acompanhava pela tv aberta e não lembro o que aconteceu, se pararam de passar antes de terminar o seriado ou se eu parei de ver por causa de meus horários nas escolas. Então não fazia ideia de como as coisas tinham ficado.

Quando a Netflix anunciou o retorno da série, várias lembranças chegaram à minha mente e, na primeira oportunidade de tempo livre que tive, comecei a ver tudinho, desde a primeira temporada.

Cheguei a ficar o dia inteiro vendo episódio atrás de episódio, com mini pausas para banheiro apenas. Comer na frente da tv é fácil!

Para a minha surpresa, fui notando a cada episódio que Rory e eu tínhamos mais características em comum do que eu imaginava e me recordava.

Delicioso e cruel

Gilmore Girls é delicioso e cruel ao mesmo tempo. Sim, cruel! Já explico porque acho isso.

Diálogos em ritmo frenético, inteligentes, com várias ótimas referências, sobre diversos temas do dia a dia, da vida, isso é o que mais me impressiona.

De forma delicada, lá estão representadas mulheres em busca de conquistas, de sucesso nas atividades que gostam, de felicidade, de amor, de amizade, de compreensão.

Cada Gilmore girl tem sua personalidade forte, defende seus ideais com unhas e dentes, é firme e também sensível. Discussões, abraços e choros se revezam em cada episódio.

E onde vi crueldade em Gilmore Girls? Na semelhança com a vida real, na maneira com que Lorelai e Rory reagem a diferentes acontecimentos, exatamente como pessoinhas comuns reagiriam (como eu reagiria).

Talvez eu esteja mais sensível. Talvez tenha mais experiências na vida de uma mulher de 30 anos do que na de uma garota de 14 anos. Experiências, uma bagagem adquirida, que tornam o seriado mais especial do que ele já era em minha adolescência.

Talvez minha situação atual tenha potencializado a semelhança com as crises da mãe e da filha mais amigas da história dos seriados.

Uma explicação! Chamei a semelhança de crueldade apenas pelo fato de me fazer chorar horrores com cada olho cheio de lágrima das meninas Gilmore.

Um ano para recordar
Em 2016, quatro novos episódios, cada um com o nome de uma estação do ano, chegaram à Netflix.

Batizada como Um Ano Para Recordar, a nova temporada mostra como estão caminhando as coisas na vida das mulheres Gilmore.

Para a minha surpresa, novamente, Rory está passando pela mesma fase em que me encontro: na casa dos 30 e poucos, sem casa própria, sem carro próprio, pensando na carreira, pensando na vida amorosa, tentando ajeitar o presente para ter um futuro já imaginado anteriormente, ou não. (Eu sou Rory Gilmore!)

Ambas se sentem mastigadas e cuspidas pelo mundo. Hehehehehe… (Termo usado no seriado! Calma lá!)

Rever os personagens, os cenários, presenciar encontros cheios de recordações, tentar acompanhar todos os diálogos rápidos e pegar todas as referências é simplesmente maravilhoso.

Não acredito que eu queira me recordar muito de 2016, pelo menos não da maneira que eu gostaria. Porém acho que Emily, Lorelai e Rory, também terão que peneirar as lembranças de 2016.

Nem crítica, nem desabafo

Quando estava na metade do seriado, a vontade de escrever apareceu. Há meses eu não tinha vontade de escrever. O que me deixa muito triste. (Triste mesmo, pois que jornalista sou eu se não há vontade de escrever, hein?!)

Gilmore Girls e sua capacidade de ser um espelho de minha vida trouxeram de volta o desejo de me arriscar no fantástico mundo das palavras sobre algo de que gosto e a coragem de refletir sobre mim e as coisas que estão acontecendo.

Rory, Lorelai, Emily, muito obrigada por resgatarem em mim coisas que me deixam feliz!

(Seria loucura agradecer personagens fictícios?!)

Para mais Gilmore Girls

Omelete – Gilmore Girls está de volta

Playlist no Spotify

IMDb – Gilmore Girls

IMDb – Gilmore Girls: Um Ano Para Recordar

Crises que vêm e que vão

Às vezes, sinto que a vida é uma crise constante e é por causa das crises que a vida segue em frente, toma novos rumos, traça novos caminhos. Elas nos forçam a fazer aquela parada estratégica no posto Ipiranga para ir ao banheiro, reabastecer o carro e comer alguma coisa na lojinha de conveniência.

Sabemos que as paradas são necessárias, mas são chatas, porque nos forçam a sair da zona de conforto, nos deixam irritados por termos que gastar os neurônios que já estão cansados com a rotina. Afinal de contas, o banheiro é fedido, o combustível é caro e a comida da loja de conveniência é cara e ruim.

Finais de semestre e de ano são os períodos mais difíceis para mim. Acho-me ridícula, vejo-me com um monte de tempo gasto para nada, sinto-me um lixinho por não ter feito melhor e por não me sentir valorizada. Nunca estou satisfeita. Nunca!

Sempre acho que poderia ter feito muito mais, que sou fraca, que deveria ter feito diferente. Sou uma reclamona de marca maior, porém tento me desafiar de vez em quando para tentar mudar, tentar melhorar. Caramba! Acho que é isso que cansa!

Se ficasse de boa fazendo o mais do mesmo e o basiquinho para sobreviver, não ficava com cara de ostra por aí triste com a situação atual.

Aceitar as coisas da forma como elas são, ou tentar mudar para se sentir mais satisfeita ou não? Encostar a cabeça no travesseiro e descansar ou encostar a cabeça no travesseiro e pensar no que foi feito e no que deverá fazer? Descansar para continuar ou ficar exausta até achar uma solução que dê satisfação, pelo menos por um tempo?

Chega de mimimi… Vou lá ler e estudar!

Obs.: Sobre a foto, esse percurso cheio de pedras é a vida. E não sabemos voar. Então tem que pisar nas pedras sim e tem que calejar o pé sim.

O frio e suas vantagens

Sei que muita gente que mora nesse “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza”, ama o calor de 40°C pra cima que faz nessa terra, mas não é à toa que existem as estações do ano, né?! Elas devem servir para não morrermos de tanto calor, nem de tantas folhas secas, nem de tanto frio, nem de tantas flores.

Os movimentos de rotação e translação existem e, com eles, o dia e a noite e as estações do ano, certo?! Há anos (uns bilhões, mais ou menos) vivemos assim! E nossos corpinhos aprenderam a se adaptar a essas mudanças. À noite descansamos (mentira, eu prefiro trabalhar de madrugada) e de dia trabalhamos (só gastamos tempo com isso) e etc. (e sobra um nadinha de tempo pra isso).

Então, nada mais justo do que termos estações com temperaturas diferentes e, consequentemente, pessoas com suas preferências. Cada uma tem a sua! Pronto! Vivaaaaaaaaaaa! \o/ Festejemos e não briguemos! =D

Já tivemos meses de inferno, então, agora serão os meses de inverno. Com cobertores, meias, moletons, pantufas, cachecóis, luvas, toucas e muita tremedeira no ponto de ônibus. Não adianta “gritar” nas redes sociais. É inverno! Ponto!

“Mas Paula, por que você gosta de frio?”

  1. Não passo mal e minha pressão não cai (no calor, vivo mole).
  2. Saio do banho como se tivesse tomado banho de verdade e não suando como se nada tivesse acontecido.
  3. Saio de casa e chego ao meu destino inteira e cheirosa.
  4. Ao contrário do que dizem, as pessoas não ficam mais elegantes, elas ficam mais coloridas, juntando todas as roupas que esquentam, sem se preocupar com a combinação das cores (eu sou assim).
  5. Não precisa ligar o ar condicionado, levar choque térmico o dia inteiro e passar dias resfriada ou com rinite atacada (eu quase não pego gripe no inverno).

Estas são algumas das razões apenas.

Pronto, gente! Desabafei! Obrigada e não briguem com o amiguinho que gosta do frio, tá?!

Beijocas ❤

Cabruuum!

Sim, essa é uma onomatopeia de trovão utilizada em quadrinhos. No entanto, também é o nome do nosso (do Victor, meu namorado, e eu e mais um monte de colaborador maravilhoso) novo projeto que tem como meta falar sobre criatividade. A criatividade de autores, editores, artistas, diagramadores, designers, coloristas, todos envolvidos no processo de criação de um livro, um mangá, uma HQ e companhia.

Cabruuum! para nós significa o estalo que aquela ideia maravilhosa faz quando surge em nossa cabeça. Então, queremos conversar com aqueles que têm esses estalos e compartilhar com os leitores do site como funciona esse processo criativo.

Cabruuum! é texto, é foto e é vídeo!

InstagramAcesse nosso site, nosso Instagram, nosso YouTube (busque por Cabruuum Zine), nosso Facebook e nos siga!

Beijo imenso e super empolgado!

WhatsApp-Image-20160630 (2)

Produtividade, qualidade e ética

Aos 18 anos, fui apresentada a um mundo completamente diferente daquele em que eu costumava viver. Consegui um emprego e vi como as coisas funcionam dentro de uma empresa.

Amizades surgem, assim como “inimigos não declarados”. Logo descobrimos quem trabalha e quem está lá com outros objetivos. Vimos quem faz de tudo para as coisas darem certo e quem só está lá. Conhecemos quem quer aprender mais com os outros e quem só está lá.

Muitos assumem inúmeras funções, que normalmente não deveriam ser todas deles. Muitas funções assumidas são de superiores, que acabam transferindo afazeres seus para seus funcionários para ter mais tempo para apenas estar na empresa e receber o salário no final do mês ou no quinto dia útil, né?!

Infelizmente, quem trabalha muito e trabalha feliz acaba sendo visto com maus olhos por aqueles que não querem trabalhar direito e gostariam que todos fossem como eles para que a moleza deles ficasse disfarçada.

Devemos exaltar aqueles que trabalham de verdade e agradecer muito por todas as ações. A meritocracia deve existir. Aqueles que se esforçam devem ser reconhecidos. Só assim os que nos puxam para baixo por não terem a mesma vontade de fazer as coisas direito serão reconhecidos.

Justiça também se faz assim!

Confesso que não sou todos os dias a pessoa mais produtiva, mas sempre busco oferecer o melhor que posso e estudar para melhorar e não ficar estagnada. Assim corremos atrás da qualidade para nos satisfazermos e oferecer algo bom para o próximo. E a ética é trabalhada diariamente, em cada passo, em todas as ações. TODAS! De falar bom dia a agradecer por um favor, de elogiar o café a arrumar a mesa de trabalho coletivo.

E assim caminho… Com crises constantes, porém para frente.

Aquela dos 30

Uma música nunca bateu tanto com a realidade!

A começar pelas primeiras frases da canção “Hoje já é quinta-feira / E eu já tenho quase 30”. Confira:

Aquela dos 30

Sandy

Hoje já é quinta-feira
E eu já tenho quase 30
Acabou a brincadeira
E aumentou em mim a pressa
De ser tudo o que eu queria
E ter mais tempo pra me exercer

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

Hoje já é quinta-feira
E há pouco eu tinha quase 20
Tantos planos eu fazia
E eu achava que em 10 anos
Viveria uma vida
E não me faltaria tanto pra ver

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

Tempo falta
E me faz tanta falta
Preciso de um tempo maior
Que a vida que eu não tenho toda pela frente
E do tamanho do que a alma sente

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Dou valor ao que a alma sente
Mas já curti Bon Jovi
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

Já é quase meia-noite
Quase sexta-feira
E me falta tanto ainda

Agora cante novamente e acompanhe o vídeo!

Muito legal! ^^

Saudades da escola

Muitos dos meus alunos estão naquela época gostosa da escola, no ginásio, sabe?! E eles aparecem com as mochilas abarrotadas de livros e cadernos e estojo e outros materiais.

Quando peço para fazer lição de casa, eles costumam reclamar e falar que estão cheios de coisas para fazer, que têm trabalho, prova, lição etc. Digo que eles só sabem reclamar e dou risada.

Às vezes eu chorava de tanta coisa que tinha para fazer, meus pais ficavam preocupados com meu desespero, mas eu simplesmente amava a rotina da escola. A – MA – VA!

Sinto muita falta de colocar meu uniforme impecável, de separar meu material na noite anterior, de verificar minha agenda e de limpar minhas canetas (isso ainda faço). Só não decidi ainda se sinto falta de acordar cedo, mas acho que faz parte do pacote de saudades da escola.

Sempre fui nerdona, caxias e dedicada, porém falava para caramba e conversava com todo mundo. Era uma nerd modificada, entende?! Tinha, inclusive, habilidades nos esportes. Era difícil eu reclamar de algo e, quando reclamava, era de alguma injustiça ou por que queria fazer algo diferente e a escola não deixava.

Era uma aluna pró-ativa e sempre disposta a ajudar. Alguns me chamavam de puxa-saco, mas eu não ligava e me divertia todos os dias. Vivia a escola intensamente, não tinha celular para me deixar mais preocupada com o WhatsApp e o Facebook do que com minhas melhores amigas e meus professores que estavam ao meu lado pessoalmente todos os dias.

Para fazer trabalhos, íamos uma na casa da outra e ligávamos para a casa da amiga para conversar. Tenho memórias maravilhosas! E sinto falta de cada momento, dos bons e dos ruins também, responsáveis por me tornarem uma pessoa melhor, sabendo o que era certo e o que era errado.

Colégio Mater Amabilis e ETE Lauro Gomes, muito obrigada!